Hoje, acredito que ficou mais fácil de chegar na pessoa que gostamos. As cerimônias diminuiram. As pessoas vão direto ao foco. Ao que interessa.
Um dia desses, estava eu trabalhando e meu celular chamou. Atendi, era uma pessoa que conheço, mas não faz parte do meu quadro de colegas ou amigos. O cara me chamou para sair. Olha, tratei ele educadamente. Quando desliguei, ria tanto da situação e então pensei, o que leva uma pessoa a te ligar num dia de semana, em horário comercial e te convidar para sair (com segundas intenções) pelo telefone. Acredito que o cúpido dele errou.
Mas tudo bem.
Então comecei a analisar a cantada. Percebi que o romantismo hoje está resumido em intimidade. Ou seja, olho para alguém, gosto, quero provar. Como se as pessoas fossem produtos. Se a pessoa não quer, vou em direção a outra pessoa...
Quando era guria no Paraná namorei alguns rapazes. Com alguns a intimidade nunca passou de alguns beijos. O que fazíamos era conversar, tomar banho nos rios, pescar, visitar os amigos, andar a cavalo e, por último os beijos e abraços.
Hoje observo que os jovens dormem juntos no primeiro encontro. E só continuam juntos quando gostaram da intimidade, senão no outro dia estão a procura de um novo par.
Não existe cumplicidade, tolerância, respeito e muitas vezes não entendemos por que o número de pessoas sozinhas e depressivas aumenta a cada dia.
Deus não fez o homem para viver só. E eu que o diga. Por mais que você tenha tudo, algo lhe falta. É só olhar ao redor. Todos estão com alguém. As vezes olho os passarinhos e penso: Nossa!!! Até eles nunca ficam sozinhos!!!
Ninguém vive sem amor. O legal é que quando estamos apaixonados todos percebem. Pois o amor faz bem ao corpo e a alma.
Eu diria que é o mal de todos os séculos, mas um mal que faz muito bem.