sábado, 19 de outubro de 2013

Amar até Doer, Doer até Sangrar


Tem dias que são demorados,  o dia de hoje está sendo um deles. Ainda bem que teve reunião da ADRA na igreja para oxigenar meus pensamentos.

Hoje aprendi o que ouço há alguns meses: Amar até Doer, Doer até Sangrar.

Levei a Tassiê cedo para a igreja, pois o Coral Doce Canto foi cantar na igreja do 24 de Dezembro em Várzea Grande e eles iriam para lá às 7 horas. Fomos as primeiras a chegar, encontramos um passarinho machucado no chão em frente a igreja. Depois de alguns minutos andando atrás dele, consegui pegá-lo. Observamos que ele estava com ferimentos no olho direito e no pescoço. Quando mais pessoas chegaram, eu deixei a Tassiê e voltei para casa, trazendo o passarinho.

Arrumei uma caixa de sapatos, fiz uns furos grandes na tampa, coloquei uma toalhinha dentro. Minha intenção era deixar o lugar confortável. Fiz uma papinha de água com fubá e dei a ele. Fiz carinho, conversei. Deixei ele na caixinha e fui para a igreja, pois tinha que ir com a irmã Shirley para a Casa da Retaguarda.

Mas, o dia só estava começando.

Na casa foi tudo bem, mas no final chorei... Chorei em ver a tristeza no olhar de uma guria, de sentir o seu sofrimento, de saber de suas dificuldades e absorvi a sua dor. Chorei, sou humana, e como ser humano me compadeço dos que estão sofrendo, como ser humano chorei pedindo que o Senhor volte logo para acabar com o sofrimento que muitos vivem, como é o caso daquela guria. Orei na hora que ela saiu para consultar com o médico. Como não chorar? Como não orar por ela? Como não pedir misericórdia a Deus? Como não clamar ao Senhor por ela?

No retorno quase não falei dentro do carro. Quando cheguei em casa minha cabeça sentia dores, deitei e dormi.

Acordei, lembrei do passarinho e fui dar novamente comida e água para ele. Quando fui pegá-lo na caixa, ele escapou e voou. Mas como ele estava muito ferido e não estava vendo com o olho direito, ele bateu na parede da minha cozinha e caiu no chão. Peguei ele novamente, ele sofreu com a queda. Mas, estava firme. Quando fui tentar lhe dar comida e água ele passou mal. Na minha mão, entre meus dedos, na minha mão esquerda, ele deu seus últimos suspiros e morreu.

Coloquei ele na caixa e suas penas se arrepiaram e ele esticou as pernas. Assustei. Fiquei olhando aquele ser tão pequeno, indefeso, morrer ali e eu não pude fazer nada. Lembrei da guria da Casa da Retaguarda, que quando carregada para o carro parecia morrer de tristeza, sua alma estava morrendo. Seu ser estava morrendo, não o corpo e sim  a alma. Tristeza pura.

Pensei, dia triste hoje, dia triste.

Pai me segura. Não somos nada! Nada!
Como somos frágeis, como precisamos de ti.

O passarinho que eu achei que iria melhorar, morreu.
A guria não sei como está, orarei por ela Senhor.

Lhe dê paz, conforte seu coração, carregue ela o tempo todo, segure em sua mão, que ela sinta a Tua presença sempre. Seja com ela meu Deus, seja com ela. Tire a sua dor, tenha compaixão e misericórdia daquela guria, daquele ser que só tem a Ti. Ela só tem a Ti!

Pai, quem sou eu para pedir em frente ao trono da graça. Mas, nesse momento eu te suplico por ela. Onde ela estiver, que seus anjos a ampare, cuide, guarde e a proteja. O Senhor é o criador, o médico dos médicos, o Senhor tudo pode, por favor, Pai seja com ela.

Entendo que o Senhor tem um propósito na vida daquela guria, para nós cristãos não existe o acaso. Ela não pulou o muro, ela chorou amargamente, mas não pulou o muro. Restaura o seu ser, mostre a ela o que os olhos humanos não conseguem enxergar. Mostre a ela um sonho, que ela terá uma família eterna e uma vida sem sofrimento. Seremos todos felizes Contigo no céu eternamente!

 Amém!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Deus nos dá tudo que precisamos


https://www.youtube.com/watch?v=IsYF6T-htdw

Essa canção marcou o encontro das Distritais dos Ministérios da Mulher da AMT no IABC no início do mês, pelo menos para mim.

Confesso a você amigo leitor que pensei seriamente em não ajudar mais neste Ministério a partir de 2014. Mas, o encontro me fez voltar atrás. Não sei quantas vezes chorei neste encontro, senti a presença de Deus naquele lugar. Amei tudo!

Saímos na quinta (03) da AMT em dois ônibus. Foram mais de 100 mulheres Adventistas, nos fizeram companhia a família Moreira César. A viagem foi tranquila, aproveitei para dormir e comer  rs. O encontro começou na sexta depois do almoço.

Mas, comecei a gostar do encontro no sábado. Tivemos um retiro espiritual, um momento em que fiquei a sós com Deus, lendo e orando. Foi ali e também no momento seguinte que mudei minha opinião de continuar trabalhando neste Ministério.

Tivemos como palestrante Nilda Aquino e quem cantou e encantou foi Ana Caram, ambas nos contaram sobre suas conversões ao cristianismo. Maravilhoso!

Nilda Aquino

Ana Caram

Pastor Helder, presidente da UCOB, estava presente com sua esposa, a Débora. A organização foi muito boa, ganhamos muitos livros, material para trabalharmos e muitas lembranças.

Fiquei em um quarto no alojamento masculino, com mais 4 irmãs. Por mim ficaria ali muitos dias e não só 3, como aconteceu  rs. Cantávamos pela manhã, líamos a Meditação da Mulher e orávamos. Muito bom! Fiquei mais íntima da Elmirian Brasil, irmã da irmã Eniraquel.

Saímos do IABC depois do almoço de domingo e tivemos alguns probleminhas pelo caminho, como um pneu furado de um dos ônibus. Chegamos segunda cedinho na sede da AMT.

E hoje, alguns dias depois entendo que tudo tem seu tempo debaixo do sol. Eu precisava deste encontro com Deus, eu precisava chorar, eu precisava me sentir mais perto Dele.

E foi assim. E voltei melhor do que eu fui. Mas determinada em trabalhar na missão que Deus me deu. Deus nos dá tudo que precisamos.




Não tardará, Cristo irá voltar.
Não tardará, vamos para o Lar.
Eu quero me preparar,
Pois vamos logo subir
E quero junto a você,
Lá no céu
Conversar com Jesus.


Vamos para o Lar?!