quarta-feira, 17 de agosto de 2011

"O Senhor das Moscas"


Como a humanidade, no seu coração, é corrupta, perversa, egoísta e violenta.

O que é o mal?

Como a Bíblia descreve o coração humano?


Se você quer ter a resposta leia: Gênesis 6:5; Jeremias 17:5; João 2:25; Romanos 3:9-12.

O coração humano é enganoso; as pessoas são corruptas; não olhe para os outros; ninguém está imune ao mal. Com exceção, é claro, de Jesus, que nunca pecou, poucos personagens a quem a Bíblia dedica muita atenção são retratados como moralmente íntegros.

Mesmo sem a comprovação das Escrituras, podemos ver como a humanidade é corrupta. A história, os jornais, as notícias diárias, e na verdade, até mesmo nossos lares e nosso coração devem ser suficientes para nos mostrar o estado de decrepitude moral da humanidade.

O que deve ser assustador é lembrar que, se um ser perfeito, como Lúcifer era originalmente, pôde escolher o mal, mesmo no ambiente perfeito do Céu;  se outros seres perfeitos, como eram Adão e Eva, puderam escolher mal, mesmo no ambiente perfeito do Éden, então, o que dizer de nós?

Nascemos com uma natureza corrupta e caída, e permanecemos com ela em um ambiente degenerado e corrompido. Não é de admirar que o mal se manifeste assim tão facilmente, tão naturalmente, para nós. Ele está ligado aos nossos genes.

Temos que ser cuidadosos, porém, em nossa compreensão do que é o "mal". Algumas coisas são tão claramente más, tão evidentemente perversas, que qualquer pessoa, quer acredite em Deus ou não - iria considerá-las ruins.

O mal, no entanto, pode ser muito mais sutil. Coisas que o mundo, a cultura e a sociedade poderiam ver como boas, ou normais, com a alegação de que "as coisas são assim mesmo", podem ser precisamente o que a Bíblia condena como erradas, pecaminosas e perversas.


Em 1954, o romancista Willian Golding escreveu The Lord of the Flies (O Senhor das Moscas), um relato fictício de um grupo de crianças inglesas presas em uma ilha deserta após um acidente de avião. Golding utilizou essa história como parábola moderna sobre o mal inerente nos seres humanos. O que tornou a narrativa tão poderosa foi que ele usou crianças, supostamente a essência da inocência, para mostrar seu conceito de como a humanidade é realmente má.

Esse grupo de jovens tenta construir uma civilização numa ilha tropical, e o projeto acaba em sangue e terror, segundo definição do próprio autor. Nessa distopia juvenil, publicada após a recusa de 21 editoras, Golding desenvolve uma visão pessimista do homem que tem a marca do nazismo, do stalinismo e do horror atômico da Segunda Guerra. Golding ganharia o Prêmio Nobel em 1983.

Síntese do livro - 
Um avião lotado de crianças e adolescentes cai numa ilha deserta. Os jovens sobrevivem e, aos poucos, vão se reunindo num grande grupo. Em assembleia, os meninos designam um líder. Longe dos códigos que regulam a sociedade dos adultos, esses jovens terão de inventar uma nova civilização, alicerçada exclusivamente nos recursos naturais da ilha e em suas próprias fantasias.


Até aí este romance poderia ser lido como simples aventura infanto-juvenil, cheia de caçadas, banhos de mar e, ao final, a descoberta de um tesouro escondido por piratas. Mas não é o que ocorre. Apesar dos esforços iniciais de organizar uma sociedade autossuficiente e equilibrada, o bando vai progressivamente cedendo à vida dos instintos, regredindo às pulsões de violência e de morte. A disputa pelo poder é um dos estopins da desordem. E o paraíso do "bom selvagem" acaba em carnificina.


Invertendo o clássico "Robinson Crusoé", de Daniel Defoe, em que um único indivíduo conseguia impor a civilização ao estado de natureza, Golding expressa neste romance sua descrença na bondade inata dos homens e em sua capacidade de criar um mundo melhor.


Lançado menos de uma década após os campos de concentração de Hitler e a bomba de Hiroshima, o livro carrega esse destino já no título: " O Senhor das Moscas" é a tradução literal da palavra hebraica Ba'alzebul - em português, "Belzebu".

E aí, caro leitor, sentiu alguma semelhança com o mundo em que vivemos?
Alguma coincidência com a sociedade em que estamos inseridos?
Já sabemos a resposta!

O mal está em cada um de nós. Infelizmente está em nós.

Na época da faculdade, numa aula de psicologia geral, a professora Eugênia Coelho Paredes (Doutora e uma professora que jamais vou esquecer) nos disse para fazermos o seguinte: entrar em um cômodo que tenha um espelho, levando uma vela acesa, apagar a lâmpada. E colocar a vela acesa embaixo, entre você e o espelho. você deverá ficar ali, olhando para o espelho, por um certo tempo, somente com a luz da vela.

Em 1999, primeiro ano da minha graduação, fiz isso, no banheiro da minha casa. Coloquei a vela acesa sobre a pia e fiquei olhando no espelho do armário do banheiro. Fiquei olhando por um tempo, fixamente.
Adivinhem o que eu vi?
O meu eu. O mal que existe em mim.
Não consegui dormir aquela noite.
Horrível!!!

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